Pular para o conteúdo principal

EP3: Vivendo nesse Inferno II

“Pedro, Pedro, acorda... já são 8:30, você esta atrasado para o trabalho”. Sonolento acordo, tomo banho, me arrumo e vou para serviço, todo o dia é a mesma coisa a 3 anos: serviço, faculdade e casa. minha vontade é jogar tudo para alto e ir embora, embora para muito longe, temos realmente que ser assim ? por que somos fantoches do sistema ? toda vez é essa mesma merda, esqueça os problemas, ligo sorriso falso e vai trabalhar.
Hoje era um daqueles malditos dias de se perguntar, o que diabos eu to fazendo aqui ? não me sinto nem um pouco útil. Tenho saudade daquela época em que eu jogava RPG. “Bravos guerreiros salvando a humanidade” como eu adorava aquilo.


Eu acordava atordoado, vestindo um avental hospitalar em uma sala toda branca, na parede havia um armário embutido com a cruz vermelha, presumo que esteja em alguma sala de primeiros socorros ou alguma coisa parecida, como vim parar aqui ? será que fui mordido ?

-Calma rapaz, não precisa ficar desesperado, você não foi mordido... Eu sou a Dra.Silvia, já fizemos o check-up, você esteve dormindo durante dias sabia ? – ela que aparentava ter seus 30 anos, olhos castanhos claros, cabelos encaracolados e longos, tinha uma aparência muito bonita e sorria levemente para mim, mas não era a mulher que havia me ajudado.

-Anh... onde exatamente eu estou ? e o que é esse check-up? – eu sentia envergonhado por estar pelado perto dela.

Ela se aproxima calmamente da maca na qual eu estava sentado, ela se senta do lado com uma expressão triste, seus olhos fundos não negavam seu cansaço.
- Então, essa aqui é uma enfermaria improvisada na sala de funcionário aqui do Extra, você vai se sentir um pouco fraco e cansado por causa do check-up, mas não se preocupe, logo-logo passa, você ainda não me disse o seu nome – olhava como se eu tivesse fascinado ela ou algo do gênero.

-Pedro.- timidamente olhando para o chão.

Ela se levanta calmamente e vai andando até a porta, ela se vira dá um singelo sorriso

-Vamos Pedro, pegue suas roupas no banheiro, todos estão ansiosos para te conhecer.

Todos ?...


- Ligação

Pt1 Início do Fim

Pt2 Vivendo Nesse Inferno I

Por: Pedro "pedrao" Farias

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

EP8: Decisões

Eu estava escondido junto com mais algumas pessoas dentro de uma área qualquer do extra, o que adiantaria saber onde estou? Se posso ser morto a qualquer momento! Na verdade, de primeira instancia não reparei na aparência deles e até agora não reparei. Bom, vamos começar desde aquele momento em que eu me vi parado na frente do extra querendo saber se eu havia me matado ou não com a decisão de vir ali. Eu olhava em volta daquele local, me via sem saída sem esperanças pronto para desistir, foi naquele momento em que eu vi umas três pessoas entrando pelo outro lado, eu havia entrado pela rua Pedro Américo e eles vinham da Glicério, achei naquele momento minha salvação, se eu seguisse o caminho deles com cuidado me veria livre de qualquer problema ou não, eu podia simplesmente ser usado como uma isca... droga que decisão difícil. Preferi arriscar, ficar ali parado seria muito perigoso, andei com cuidado sem fazer barulho, vejo agora que andar de madrugada sem fazer barulho em casa teve...

EP1: O Inicio do Fim

O ano é 2009. Lembro que na passagem de ano onde sempre rolavam aqueles espetáculos de fogos na praia eu tinha certeza de que o ano de 2009 seria ótimo... pff que ingenuidade, mal sabia que tudo iria se transformar na merda que esta hoje. Se antes as pessoas gastavam litros e litros de água lavando calçadas e quintais de suas residências, hoje pessoas se matam por alguns milílitros de água. Lembro que na passagem de ano onde sempre rolavam aqueles espetáculos de fogos na praia eu tinha certeza de que o ano de 2009 seria ótimo... pff que ingenuidade, mal sabia que tudo iria se transformar na merda que esta hoje. Se antes as pessoas gastavam litros e litros de água lavando calçadas e quintais de suas residências, hoje pessoas se matam por alguns milílitros de água.             Eu, sinceramente, não sei como estou vivo até hoje, acho que se não fosse minha vontade de viver e sempre continuar a procura de sobreviventes eu acho...